segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Hora de trocar a lâmpada?




“Ih, a lâmpada pifou.” 

É hora de encontrar uma lâmpada nova. Você vai de loja em loja até encontrar a lâmpada perfeita para aquele fio solto. Você chega e pede ao vendedor aquela que vai mais durar, afinal de contas é cansativo demais encontrar uma lâmpada nova, e nem sempre ela satisfaz nossas necessidades. 

Pronto, encontrou! Comprou uma lâmpada nova. 

Quando chega em casa, instala a nova lâmpada. E nada. Espera, e nada. Desliga tudo, liga de novo e nada. Ai começa a pensar que talvez o verdadeiro problema seja aquela lâmpada.
Você tenta, procura lâmpada nova. Não adianta. Você percebe que não adianta comprar uma outra lâmpada, ou até mesmo trocar o tipo de lâmpada para aquele lugar. Você tenta, procura lâmpadas de outras formas, jeitos, cores... Mas nenhuma acende. Você busca em diversos lugares, vai até outra loja, e mesmo que a lâmpada se encaixe, não funciona como deveria. 
Então você percebe que o problema é mais profundo. Você nota que talvez o problema seja na fiação mesmo. Não, mas o fio nem parece corrompido. De longe você olha e ele está em perfeito estado. Mas ao buscar ajuda de um profissional vê que o problema era ali dentro do fio e que não adianta procurar outra lâmpada. Não adianta trocar, nem por lâmpadas mais caras ou de formatos diferentes. Enquanto você não arrumar o fio, nada mais vai funcionar. Enquanto você não se arrumar por dentro, nenhuma lâmpada vai acender. Enquanto você acreditar que apenas trocar de lâmpada pode mudar sua vida, vai continuar assim sem funcionar. Pode espernear, chorar, culpar 'Raimundo e todo mundo'. Lâmpada só funciona com fiação em ordem. Chegou a hora de mudar toda a fiação, retocar, arrumar os problemas do passado e quem sabe encontrar uma nova lâmpada no futuro. Mas ela só vai funcionar, quando o fio estiver devidamente arrumado.


Para ouvir enquanto me lê: Airstream - Electra

domingo, 22 de setembro de 2013

Eu não desisti dos meus sonhos, mas às vezes acho que eles desistiram de mim. Cansaram de me esperar.
Gabito Nunes

E eu digo: Fica! Te mostro meu melhor que tantas vezes eu escondo em minha carapuça de durão. Fica, por favor. Me faz ver que o mundo não é tão horrível quanto eu acredito que seja. Fica, me mostra sua música favorita, seu prato predileto e sua coleção que você sente tanta vergonha. Me mostra motivos para acreditar que você pode ser diferente. Me mostra suas faltas, seus contos e seus pontos. Me faça ver suas reticências e entender suas aspas. Vai, fica. Me mostra tudo que eu ainda posso ter se eu acreditar que o amor realmente existe. Que meu sonho da juventude inocente realmente pode um dia acontecer. Vai, me conta tudo, me faça explorar todos os mares e furacões dentro de você. Acredite em mim, eu só preciso de alguém que me guie. Que me faça acreditar em tudo de novo. 
Todos os dias quando acordo, visto novamente minha carapuça. Gosto que as pessoas pensem que hoje em dia ninguém e nada mais me afeta. Gosto de parecer o ‘cara durão que quer apenas curtir’.  Mas me conheça, além disso. Tire minha carapuça, mostre que você não acredita nela. Me leva pra ver um pôr do sol qualquer ou tomar um café naquela sua cafeteria favorita. Mas não desista de me fazer acreditar. Eu preciso retomar meus sonhos pra conseguir continuar utilizando todas minhas vírgulas e meus pontos finais. Fica, quem sabe assim eu ainda acredite em amor.


Para ouvir enquanto me lê: The Great Escape - P!nk

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Separe seus lencinhos! Proposta de casamento em Flashmob. ♥

Dustin e Spencer são um casal de namorados dos Estados Unidos. 
Bom, eles eram né? Vou explicar melhor. Um amigo de Justin o levou até uma loja de Materiais para construção com a desculpa de ver iluminação para uma festa. Na loja, Dustin se depara com seus amigos e familiares fazendo um flashmob ao som da música "Somebody Loves You" da cantora Betty Who. Ao final, Spencer aparece de terno e pede Dustin em casamento. Coisa linda demais gente!
Dê uma olhadinha abaixo pra se emocionar de vez com a história:




O vídeo é a coisa mais linda, e é impossível segurar as lágrimas ao imaginar a emoção de tudo isso tanto para Dustin, Spencer quanto seus amigos e familiares. Lindo demais! 

Um pouco de amor pra alegrar essa sexta-feira 13. :)

Que seja (agri)doce


Se não fossem os danos, não seria eu.
Clarice Falcão


Eu sempre gostei de me apaixonar. Sabe aquele friozinho gostoso na barriga? Aquela vontade de conquistar o outro a cada sorriso? Então. Eu sempre me senti livre pra me apaixonar por quem eu quisesse e viver livremente aquele (possível) amor. Sempre fui daqueles que se joga sem medo de cair ou voar. Mas infelizmente (ou felizmente), a gente amadurece. A vida, com seus percalços e suas complicações acaba nos endurecendo um pouco diante de tudo que sempre gostamos de vivenciar. Com o passar do tempo (e das decepções) vamos nos tornando pessoas mais articulosas, com mais preocupação do que se parece com o que é de verdade. A gente passa a acreditar que entende todas as entrelinhas das pessoas e começa a perceber que realmente nosso sexto sentido geralmente não falha. Ao passar dos anos, nosso coração vai conhecendo de tudo. Muito amor, muito ódio, muita paixão e MUITAS (assim, em caps lock mesmo) tristezas. Então ele começa a não acreditar mais com facilidade em tudo que fantasiava. Ele percebe que nem sempre as pessoas são verdadeiras e que nem sempre a vida é tão linda quanto imaginamos. Aprende que dói acreditar e colocar sua confiança em alguém que não se preocupa com você. Ele aprende que a queda muitas vezes deixam cicatrizes que dificilmente serão curadas. Mas uma coisa, o coração também aprende: nada é para sempre. Nossos sentimentos, emoções, paixões, tristezas, passam. Sempre passam. E ao longo do caminho, ele (nosso tão falado coração) passa a compreender que o que nos deixa tristes, o que nos fere e nos faz receber a decepção como parte da vida, é a idealização de como as pessoas devem ser. As pessoas não devem ser, elas simplesmente são. com todos seus erros, acertos e derrotas. Com toda sua bagagem e suas memórias tão congestionadas. As pessoas são como a vida as criou, como o coração aprendeu... E não devemos esperar nada de ninguém, a não ser de nós mesmos. Eu quero voltar a me sentir livre para me apaixonar por quem eu quiser, afinal, eu acredito que todos nascemos para ter alguém (não apenas um alguém, mas todos os “alguéns” necessários para cada etapa da nossa vida). Quero ter a liberdade dentro de mim de fantasiar os maiores impropérios com alguém. Quero ter de volta a parte adocicada da vida, sem toda acidez que deposito hoje em dia. Quero pique-nique no parque com o coração transbordando. Quero emoção e lágrimas nos olhos ao pensar em alguém. Eu quero ter vontade de fazer surpresas. Quero ter vontade de olhar para o precipício dentro do olhar de alguém e mesmo assim me jogar sem ter medo. Quero ter coragem pra mudar tudo isso em mim. Coragem pra modificar o que me tornei, ter aprendido mas voltar a ser leve. E tudo isso é algo que apenas eu mesmo posso fazer. Eu quero ser livre, e quero poder acreditar de novo. A vida passa num instante, e que graça ela pode ter sem nos aventurarmos? Que novamente seja (agri)doce.

Para ouvir enquanto me lê: Capitão Gancho - Clarice Falcão