segunda-feira, 11 de março de 2013

Nosso jogo perigoso combina


Você me ensinou muitas coisas, a melhor delas, me ensinou que o amor verdadeiro sempre espera um pouco mais pelos abraços atrasados.Gabito Nunes

Nesse tal jogo em que a gente sempre viveu já fomos de tudo um pro outro. Apoio, afago, esperança, grito, riso, choro, alegria, ‘fogo e até gasolina’. Vivemos de tudo que grandes amigos podem viver, desde vitórias, até tristezas que imaginávamos sem fim. Porém, um sempre estava ali ao lado para dar seu ombro amigo, seu olhar sincero e um sorriso que fazia a gente esquecer dos problemas. Todo mundo perguntava: Onde o Jhony está? E outra pessoa respondia: Vá ver onde a Ana foi, que ele está junto. E sempre será assim, sempre estarei junto. Hoje é um dia muito importante, é um dia especial. É um dia em que a minha andorinha vai voar longe, vai estar lá lutando por vôos cada vez mais altos e eu aqui torcendo para que cada vez ela prolongue mais seus dias felizes lá no alto. É minha amiga, quanta coisa passamos né? E quanta coisa ainda vamos passar, afinal uma andorinha pode ir para longe, mas sempre volta pra sua casa. Você é um dos melhores presentes que a vida me concedeu, e uma das melhores pessoas que conheci. Podem falar o que for, mas você fez dos meus dias os mais especiais possíveis. Vou sentir muito a sua falta. Falta da Ana com risada de gato miando. Falta da Ana repetitiva, que me diz mil vezes o quanto diz a mesma coisa mil vezes. Falta da Ana parceira, que em hipótese alguma me deixa sozinho. Falta da Ana companheira de baladas e calçadas. Falta da Ana atleta. Falta da Ana cheia de frescurinhas que me irritam. Falta da Ana caseira, fazendo pipoca de micro-ondas e queimando. Falta da Ana cautelosa, que compra qualquer briga por mim. Falta da Ana metódica, que tinha data até pra parar de beijar alguém. Falta da Ana doida, que fala pelos cotovelos. Falta da Ana mãe, que me aconselha, me afaga e me dá colo. Falta da Ana filha, que precisa de carinho e proteção. Falta da Ana chorona, que quando eu dou um abraço já melhora. Falta da Ana engraçada, que cai, que ri, e que mais importante que tudo gargalha de si mesma. Você é mais que uma amiga, é uma irmã. É minha companheira. Hoje você estará indo a alguns quilômetros de distância, mas você está comigo onde eu for e sempre em qualquer lugar. E eu tô contigo em cada momento. Sempre vai ser um “até breve!” por que no nosso coração, nunca haverá uma despedida. E família, mesmo que vai pra longe... Sempre é família né?‘ Nosso jogo perigoso combina’. Te amo minha grande amiga. Que seja doce!

Para ouvir enquanto me lê: Fogo e Gasolina - Roberta Sá e Lenine

sábado, 2 de março de 2013

AntiAmor, Antes Amor



Pra você ver, não existe mocinho e bandido nesse enredo. Você errou, eu errei também. Mas vai ver a gente estava tentando ser feliz, e felicidade é um patamar complicado de alcançar.
Gabito Nunes

Constato hoje uma coisa que imaginava, mas não queria admitir. Acho que eu não nasci pra esse negócio de amor. E quando eu digo amor, não me refiro à amizade, família e nem outro tipo de amor fraternal. Me refiro ao amor que envolve sexo, paixão e aquela coisa toda que já conhecemos. Sério, 
hoje olho pra trás e depois te tudo que já passei nem acredito mais que um dia eu possa amar alguém. Já amei demais, me doei mais do que devia. Me fiz inteiro para o outro me rasgar por completo, me fiz seu para você me destruir aos poucos. Eu não nasci pro amor. Não nasci para receber presentes carinhosos e nem afagos durante a noite. Não nasci pra sentir o pé do outro roçar no meu, esse mesmo outro que me levaria um café da manhã na cama caso eu tivesse nascido pra ter uma história de amor. Não nasci pra receber beijos inesperados e nem juras eternas. E eu sou muito triste por ter certeza disso. Não nasci pra príncipe. Não nasci pra ser ponto final de ninguém, entende? Nasci pra ser passagem. Nasci pra ser aprendizado, ser amigo, ser fiel, ser companheiro. Eu nasci pra ensinar como se deve amar, e não como alguém aprende a me amar. Mas amor não se aprende, não é mesmo? Ele apenas chega, invade, cuida da casa, se arruma todo pra receber o outro. Eu não nasci pra invadir. Vim para chegar aos poucos. Aos detalhes. Imagino que você leitor, nem entenda o que eu esteja dizendo. Mas pelo menos um dia, você vai se sentir como eu. Mas que você tenha “a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida”, aos que ainda tentam... Boa sorte, encontro vocês no final.

Para ouvir enquanto me lê: Cais - Mallu Magalhães