quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pensamentos em Fases.


Silêncio. Meu quarto parece tão grande e quando olho ao redor só tem coisas do meu mundo. Minhas fotografias, textos, roupas, objetos... Tudo que de certa forma poderia contar quem sou. Tudo quieto e eu encolhido na minha cama pensando em tudo, em como tudo está e em cada coisa que posso mudar. Inércia. Sem saber para onde ir, por onde começar ou qual rumo tomar.
Eu tenho que tomar algum rumo agora? Não posso ficar só aqui, deitado, quietinho, ouvindo apenas a minha respiração? Se eu quisesse, até poderia... Mas a intensidade da qual eu sempre precisei para conseguir viver discorda com esse meu pensamento defensivo. Tempo. Já faz um tempo... Lembro-me já com certa nostalgia e alegria dos momentos felizes que passei e não apenas com você, mas com tudo que amei fazer. O tempo, algo que dizemos que pode curar tudo... Porém, creio que podemos curar tudo quando queremos isso, quando lutamos com todas as nossas forças contra nossos próprios pensamentos que apenas desejavam mais um beijo, mais um sorriso, mais um olhar... Paz. Chega num certo estágio em que vimos que fizemos tudo que foi possível sempre, tudo para que as pessoas que amamos se sentissem bem. Que aquele sorriso que demos e não o recebemos de volta valeu a pena. Liberdade. Sabe aquele pássaro, preso por tanto tempo na gaiola e agora livre para poder voar? É isso. Poder se sentir livre, feliz sem depender de alguma outra pessoa. Mostrar para si mesmo que você pode muito mais quando está preocupado consigo mesmo e sendo livre para viver isso. E vamos voar, é essa a hora! Voar, acreditar... Pular de um precipício sem medo de onde vai cair. Afinal, por aqui... Quanto mais alto o vôo, mais bela a vista!

5 comentários:

  1. Liberdade não tem preço. Nostalgia, não tem preço. Amigos? Não tem preço...e não, não é propaganda da MasterCard. auhUAhUAhAUAUhaua
    No fundo sempre somos nós e somente nós em nosso mundinho, que sentiu tanta coisa e ainda sentiremos mta coisa. O tempo me traz nostalgia tb..cada foto, lembro do momento exato. Chega a ser uma tristeza boa, de saudade. Mas virão tantas coisas..Te amo vida.

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  2. No nosso infinito particular é que tomamos consciência de nós mesmos e de tudo aquilo que nos circunda. É lá também que nos encontramos com o muito que somos, dentre todas as coisas que estão no ambiente. O silêncio, traduz indizíveis palavras. O tempo, aquele do angustiante tic tac do relógio, dizem ser o senhor da razão. É mesmo!? Muitas das vezes. Sempre lembro desta frase do Sabino: "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem." A liberdade é uma questão muito delicada, profunda e, ainda que duro isso, individual. Por isso, devemos amá-la sim, mas respeitar a de cada ser para que assim sejam. E, por fim, nos lançar ao risco. Definitivamente, voar, para além dos céus, dentro de nós mesmos.

    Muito boas palavras, Jhony. Você tem uma clareza e emoção em empregá-las fascinante.
    Rafael.

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  3. nostalgia tem o dom de machucar tanto quanto fazer bem, né? é complicado isso.. mas, voe alto mesmo, que seja doce mesmo.. e valorize tudo o que tem AGORA, porque saudade, não é um bom motivo pra trazer de volta aquilo que se foi perdido, valorize o que tem, e cresça, sempre! =*

    amei a maneira como escreve, de evrdade! ;)

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  4. E é isso que importa. No mundo, o nosso espaço, mesmo que revisitado, é nosso. Mesmo que cheio de coisas alheias, continua sendo nosso. Nosso até o momento que temos que dividir e sim, a divisão acontece de maneira espontânea, om o tempo, com os víeis, nossos desafinos e desajustes. Quero, um dia quem sabe, encontrar o meu espaço, não importa. O importante, é não ter medo de voar, dentro e fora de nossos "altares particulares".

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    1. Você consegue ler todas minhas entrelinhas. Obrigado pelo comentário! E que a gente voe.

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